Em tempos que já foram, para muitos, mais que alegrias, para outros tristezas, no entanto ficou a marca dos anos bem patente numa pequena tasca, ou chafarica, em que era paragem obrigatória para muitos camionistas, caçadores, vendedores, pescadores, mentirosos e outros mais.
Local de culto para muitos, porque era um lugar de serviço a 24 horas, onde todos e de qualquer lugar na sociedade tinha a obrigação de parar, uns para comer a bifana mais que frita de molho escaldante, bem como os panados saborosos e fritos com farinha saloia, e aquela sopa de enfarta brutos, mais parecia a sopa da bola se cebo que fazia a delicia dos comerciantes na praça velha do Mercado Santana, no pateo do Barroca.
Quanto aos engravatados, paravam para comer os pastéis de Tentúgal e os de nata, bebiam uma água e um café com os rebordos da chávena partidos, mas iam lá de agrado nem que fosse só para ver as 'meninas' que ainda por ali estavam de passagem para as dormidas depois de uma noite de trabalho suado aturar alguns deles...
Estou a falar de um lugar a meio de Leiria e Batalha, precisamente no Vale Gracioso, bombas da GALP que se autodominava por "Sopa das Putas", lugar de trabalho do srº Armando em que o Monteiro era o maioral da chafarica.
"Sopa das Putas" porquê ?
Precisamente porque era ali que todas elas, as mais velhas na profissão de noite iam com as suas conquistas, ou a carrinha que as levavam para os locais de trabalho, faziam a paragem.
Depois de outras casas fecharem portas, os 'filhos da noite' corriam para ali para comer algo e cavaquear um pouco, fosse com essa intenção ou não, ou até mesmo fazer uso dos seus dotes de macho para engatar as miudas, já que nos lugares de trabalho a troco de copos não conseguiram, talvez ali com as luzes mais acesas e sem o reflexo das luzes vermelhas fossem mais bem sucedidos.
Mas com estas voltas todas, e alguns mais que quentes com a quantidade de alcoól já ingeridas, e usando termos menos qualificáveis, davam azo a que os gorilas das 'meninas' se emplumassem e logo de seguida cenas de pugilato, em que alguns levavam
a melhor, outros ficavam de borco.
Mas também era lugar de acerto de contas, umas que fizeram mais que outras e receberam menos, outras porque me roubas-te o cliente, e logo se assanhavam e as bulhas consequentes, rolavam pelo chão, arrepelavam-se os cabelos, cuecas á mostra e a risada geral, tudo isto era noite, tudo isto era agradável de ver, a menos que tombassem para cima das mesas e entornassem a sopa para para cima dos menos incautos.
Quando as coisa aqueciam, logo o Armando tocava o rebate e lá vinha a 'ramona', umas vezes a GNR outras a PSP, era um festival com muitos de parte só para ver.
Com o fecho deste pequeno espaço, em que muitos ficaram admirados, perde-se assim mais um dos poucos lugares de paragem que foi culto de muitas e variadas personalidades da Região, bem como de todo o País.
Ficamos assim mais pobres, os lugares de culto dos 'filhos da noite' começam a perder-se e com as novas armas, as 'rolotes', não tem o interesse que estes nos davam...
Local de culto para muitos, porque era um lugar de serviço a 24 horas, onde todos e de qualquer lugar na sociedade tinha a obrigação de parar, uns para comer a bifana mais que frita de molho escaldante, bem como os panados saborosos e fritos com farinha saloia, e aquela sopa de enfarta brutos, mais parecia a sopa da bola se cebo que fazia a delicia dos comerciantes na praça velha do Mercado Santana, no pateo do Barroca.
Quanto aos engravatados, paravam para comer os pastéis de Tentúgal e os de nata, bebiam uma água e um café com os rebordos da chávena partidos, mas iam lá de agrado nem que fosse só para ver as 'meninas' que ainda por ali estavam de passagem para as dormidas depois de uma noite de trabalho suado aturar alguns deles...
Estou a falar de um lugar a meio de Leiria e Batalha, precisamente no Vale Gracioso, bombas da GALP que se autodominava por "Sopa das Putas", lugar de trabalho do srº Armando em que o Monteiro era o maioral da chafarica.
"Sopa das Putas" porquê ?
Precisamente porque era ali que todas elas, as mais velhas na profissão de noite iam com as suas conquistas, ou a carrinha que as levavam para os locais de trabalho, faziam a paragem.
Depois de outras casas fecharem portas, os 'filhos da noite' corriam para ali para comer algo e cavaquear um pouco, fosse com essa intenção ou não, ou até mesmo fazer uso dos seus dotes de macho para engatar as miudas, já que nos lugares de trabalho a troco de copos não conseguiram, talvez ali com as luzes mais acesas e sem o reflexo das luzes vermelhas fossem mais bem sucedidos.
Mas com estas voltas todas, e alguns mais que quentes com a quantidade de alcoól já ingeridas, e usando termos menos qualificáveis, davam azo a que os gorilas das 'meninas' se emplumassem e logo de seguida cenas de pugilato, em que alguns levavam
a melhor, outros ficavam de borco.Mas também era lugar de acerto de contas, umas que fizeram mais que outras e receberam menos, outras porque me roubas-te o cliente, e logo se assanhavam e as bulhas consequentes, rolavam pelo chão, arrepelavam-se os cabelos, cuecas á mostra e a risada geral, tudo isto era noite, tudo isto era agradável de ver, a menos que tombassem para cima das mesas e entornassem a sopa para para cima dos menos incautos.
Quando as coisa aqueciam, logo o Armando tocava o rebate e lá vinha a 'ramona', umas vezes a GNR outras a PSP, era um festival com muitos de parte só para ver.
Com o fecho deste pequeno espaço, em que muitos ficaram admirados, perde-se assim mais um dos poucos lugares de paragem que foi culto de muitas e variadas personalidades da Região, bem como de todo o País.
Ficamos assim mais pobres, os lugares de culto dos 'filhos da noite' começam a perder-se e com as novas armas, as 'rolotes', não tem o interesse que estes nos davam...
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