5 de dezembro de 2007

'POR MORRER'


Se deixaste de ser minha
Não deixei de ser quem era
Por morrer uma andorinha
Não acaba a primavera
..
Como vês não estou mudado
E nem sequer descontente
Conservo o mesmo presente
E guardo o mesmo passado
..
Eu já estava habituado
A que não fosses sincera
Por isso eu não fico à espera
De uma emoção que eu não tinha
..
Se deixaste de ser minha
Não deixei de ser quem era
Vivo a vida como dantes
Não tenho menos nem mais
..
E os dias passam iguais
Aos dias que vão distantes
Horas, minutos, instantes
Seguem a ordem austera
..
Ninguem se agarre à quimera
Do que o destino encaminha
Pois por morrer uma andorinha
Não acaba a primavera
..
..
Carlos do Carmo

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